Um chapéu desabado de água, barro, tempo feio
Me aperta os tentos do barbicacho varando o passo num paysandu
A tropa segue galopeada,com os burro n'água bandeando o rio
Com o frio no lombo, encarangando coisa de loco, nunca se viu
Peonada, é coisa braba nada de poncho trocando orelha
Ressabiando queixo de potro com o gado gordo bufando as ventas
O cusco sempre na volta tenteando a bóia, sobra de fiambre
Pão com matambre, batata doce e um chibo bueno pro tira-gosto
Um pingo manso de rédea me balda a sesta bocando o pasto
Batendo casco de contraponto pedindo toso pras camperiadas
Peonada, sempre que eu posso arranjo uns troço pra me entreter
Encosto a cambona ao fogo e um mate novo vem me aquecer
Qualquer sinuelo onde se apartam as reses
Às vezes rondando a tropa a vida volta parar rodeio
Acessório do chapéu.
Coletivo de militares e de bovinos.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Bom.
Afetivo de cavalo de estimação.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Mânha.
Pava
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Um ou mais animais mansos que servem de guia à tropa.