Eu nasci gaúcho na beira do rio
Sou raiz de terra templada no frio
Fui bento gonçalves que com alma guapa
Um dia incendiou esta terra farrapa
David canabarro ainda vive em mim
Renasço das cinzas se escuto um clarim
Fabriquei lanchões nalgum arrabalde
E nas ondas do mar já fui garibaldi
Com gomes jardim, souza netto e portinho
Andei por dez anos peleando sozinho
Estive em porongos, sou piratini
Fui lanceiro negro e chefe guarani
Minha prenda amada que ficou solita
Passou mil rigores, se chamava anita
Guardei na retina luz de por de sóis
Sou neto dos deuses e filho de heróis
(pra quem pensa que eu morri igual jesus numa coxilia
Ressuscito todos os anos na semana farroupilha
Desfilo bem a cavalo e com as glórias que relembro
Hasteio um hino de pátria em cada vinte de setembro)
Minha prenda amada que ficou solita
Passou mil rigores, se chamava anita
Guardei na retina luz de por de sóis
Sou neto dos deuses e filho de heróis
(levanta, gaúcho, levanta nossa história já foi feita
O rio grande do sul hoje é grande o brasil inteiro respeita.)
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Seguidor Farrapo.