Cada vez que canto em qualquer parte deste mundo
Minha voz de touro arranca leivas de capim
Escarvo da terra herança índia e missioneira
Que os meus avós um dia deixaram para mim.
Uma cruz de quatro braços foi sinuelo
Tupã reinava nas missões pão e fartura
Trigo de charque e também nunca faltava
A comunhão do mate bueno da ternura.
Depois veio a ganância de além-mar
Povalinos olhos que ainda ecoam por aqui
Cambeando a sorte empapando a hóstia da paz
Com o sangue rubro do meu povo guarany
Por isso canto e te encanta este meu canto
Pois nos meus versos retumba um estrivilho
Sou missioneiro viverei eternamente
Cantando a terra na garganta dos meus filhos.
Carne salgada e seca ao sol.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Bom.
Vila, distrito.