O mundo se veio abaixo, numa tarde mormacenta
Nuvens pretas de tormenta, rebojavam em escarcéu
Raios riscavam o céu, com trovoadas barulhentas
O bagual suando nas ventas, se desmanchava em tropel
De contrario a ventania, o meu pala retorcido
De bigode repartido, cortamos trilha e ladeira
Esfiapando a barrigueira, não vi nada parecido
E eu firme nos estribos, juntava chuva com poeira
Era ligeiro o meu zaino, e pra escapar do mandado
Me fui de chapéu tapeado, em direção ao capão
Cruzamos o capoeirão, meio pelego encharcado
Na frente o chão ressecado dos cascos do meu campeão
O meu lenço não viu chuva, pois o zaino era um corisco
Fomos levantando cisco, de volta pro meu galpão
E o pingo do coração domado a moda campeira
Nunca correu uma carreira, mas pra mim era campeão
Ai!, ai!, ai!,
Meu zaino da estimação
Nunca correu uma carreira
Mas pra mim era campeão
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Raio, corisco.
Tem dois sentidos: pode ser um bosque e também pode ser um animal macho castrado (sem os testículos).
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Afetivo de cavalo de estimação.
Tem dois sentidos: andadura veloz dos eguariços e também pode ser competição de animais montados por jóqueis.