Me aprecatei pra um surungo flor de campeiro
Chapéu quebrado na testa, jeitão de missioneiro
Firmei a idéia num xixo bem cinchadito
Pois to cheiroso e bonito e cansado de andar solteiro
Se uma guria se agradar da minha estampa
Nos meus braços já se acampa e saímos esfregando couro
Chamo pra prosa e já faço minhas proposta
Se eu sentir que ela gosta já deixo firme o namoro
Fora o carinho que tenho prá dar prá ela
Um fogão de chapa grossa e meia dúzia de panela
Uma barraca prá se acampar nos rodeios
O meu pingo, os meus arreios, um cachorro e uma cadela
Prás noites frias uma cama de pelego
E no calor do achego te faço um verso bonito
Se nada disso te adoçar o pensamento
Nem “falemo” em casamento e eu sigo a vida solito
Pois sou gaúcho nas também tenho coração
Judiado que nem matungo
Ando campeando num surungo
Quem me tape de paixão
Baile de baixa categoria.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
menina, moça (Se usa em outras partes do Brasil)
radiografia ou dentadura
Amparo, encosto, auxílio, proteção
Só e isolado.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Cavalo de pouca qualidade.