No lombo bagual do verso
Eu cavalgo fronteira e serra
E nos corcóvio da rima
Muitos trovador se enterra
Se ela me derrubar
Fazendo eu beijar a terra
Com este mesmo tirão
Saio co'a riba da mão
Tomando um grito de guerra
Dois trovador em disputa
Por mim já está confirmado
São dois gaúcho ginete
Ginete ou mingarumbado
Donde um bagual é o verso
Trazendo os dois apertado
É cosa muito importante
Porque o que não se garante
Sai de pescoço quebrado
É cousa linda de ver
Largando ladeira abaixo
Salta cerca, pula sanga
Cruza restinga e riacho
Um prende o grito pra o outro
Respeite aqui o índio macho
É um duelo de esgrima
De quem entende de rima
Que é coisa linda que eu acho
Quero deixar um pedido
Pra esta geração mais nova
Quando eu for pro campo santo
Dão sete palmos de cova
Siga o gineteão da rima
Em rodeios fazendo prova
Pode ocupar meu arreio
Por favor, não façam feio
E nem deixem morrer a trova
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Vegetação mixta nas margens de vertentes.
Espécie de desafio repentista, cantado e acompanhado musicalmente.