Era uma tarde qualquer
Volta pras casas da lida
Ia um gateado e um tordilho
Cruzando a varzea estendida.
Ia um indio no gateado
No tordilho outro campeiro
Um de pala a meia espalda
O outro de lenço e sombreiro.
Se largaram em paleteio
Que um olhar firma a carreira
Desde as duas corticeiras
Até o cruzar da porteira.
É a rédea frouxa na mão
Contra uma espora segura
Quem sabe é por pataquada,
Por honra ou por rapadura.
Só sei que bem pareciam
Dois tauras em disparada
Uma carga de combate
Mas era só carreirada...
Hace tiempo no se via
Uma carreira tão parelha
Era focinho a focinho
Era orelha com orelha...
A várzea ficou pequena
Pra mostrar como se faz
Uma carreira de campo
Saltando barro pra trás.
O gateado mais ligeiro
Que um tirambaço de bala
Cruzou o vão da porteira
Com o índio abanando o pala.
No tordilho outro balaço
Cruzou ligeiro num facho
Chapéu quebrado na aba
Mas firme no barbicacho
Quem perdeu e quem ganhou
Cruzaram assim num repente
Um diz que cruzou primeiro
O outro que ia na frente.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Tem dois sentidos: andadura veloz dos eguariços e também pode ser competição de animais montados por jóqueis.