Com alegria nos olhos clareando velhas estradas
Vem um guri nas pegadas do rastro da nossa gente
Provando pro mundo novo inteiro em cada versos que diz
Que existe um povo feliz neste sul de continente.
E o broto de um velho tronco rebrotando no arvoredo
Que aprende bem cedo beber na vertente pura
Com sua mão sobre o peito reverenciando a bandeira
Parece a estampa guerreira de um farrapo em miniatura.
Peleando no videogame, brincando com canivete
Viajando na internet com chimarrão ou refri
Cachorro quente ou churrasco; banho de sanga ou de ducha
Lá vem a história gaucha no coração do guri.
Num setembro bem montado, de espora, chapéu e mango
Lenço floreado ou chimango quando não é o maragato
Se iguala a um quadro pintado na moldura da poesia
Pra o retrato de uma cria do gauchismo de fato.
Cantando o amor pelo pago fandangueiro ou nativista
É muito mais que um artista esse gaucho mirim
Dá pra ver pela imponência deste guri que ali passa
Que a historia da nossa raça é força que não tem fim.
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)
Vila, distrito.
Lugar de onde verte água.
Pequeno córrego, bossoroca.
Espécie de açoite.
Ave rapinídea; alcunha dada em 1915, aos Borgistas (usuários do lenço branco com nó comum).
Aficionado tradicionário e político, que ostenta o lenço colorado com o nó quadrado (quatro cantos ou rapadura); esse vocábulo, na origem designava ladrão de moça, de cavalo, de gado, etc.
Lugar em que se nasce, de origem
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)