Palanquei o sentimento e abracei a cordeona
Pra encilhar uma vanera que se criou redomona
Tentei segurar o tranco cabresteando no floreio
Mas, já no primeiro acorde saltou do fole e se veio
Firmei a cinchão das notas só pra evitar algum tombo
E a pelegama de versos larguei por cima do lombo
Num trancão de queixo duro, cheio de balda e mania
Se foi pela noite afora coiceando na baixaria
A minha vanera xucra não nasceu pra ser domada
Nos bailes da gauchada corcoveia a noite inteira
Na invernada da cordeona vai rebentando o alambrado
E eu ganho a vida grudado no lombo desta vanera
Abri a goela com gana pra acalmar a rebeldia
Saiu de venta rasgada procurando melodia
Notei enxergando o povo na alegria da festança
Que vanera que encilho é xucra que não se amansa
No rodeio de um surungo se embodoca, caborteira
E todo mundo balança no corcoveo da vanera
Passa o tempo eu não me aperto deste trancão mal domado
Pois carrega na garupa o xucrismo do meu estado.
Andadura lenta dos eguariços.
Queda.
Mânha.
Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
Desejo súbito, vontade.
Vila, distrito.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Baile de baixa categoria.
Pinote, pulo, movimento brusco que faz o eguariço, para lançar do seu lombo o ginete. .
Anca.