Gosto muito de buchicho
De fandango e festança
Sou maluco por lambança
Não ligo pra tempo feio
Sendo preciso eu peleio
Pois não guardo desaforo
E o índio metido a touro
Eu quebro o queixo e boto freio
Sou deste jeito
Não corro de cara feia
E bagual que corcoveia
Eu amanso sem demora
Corto as virilhas de espora
E dou de mango nas orelhas
Me criei domando potro
Fiz da doma a minha vida
E por gostar desta lida
Sempre garanto o que falo
Além de cantar de galo
Laço, pealo e gineteio
E se eu cair num rodeio
Nunca mais monto á cavalo
Além de tudo Patrício
Sou maleva e caborteiro
Não é por nada parceiro
Que o chinaredo me adora
Onde este gaudério mora
Eu te confesso vivente
Minha mãe vive contente
Rodeada de muitas noras
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Espécie de açoite.
Adestramento.
Ato de arremessar o laço (ou sovéu) e por meio dele prender as patas do animal que está correndo e derrubá-lo. Existem muitos tipos de PEALO, entre os quais:
Malfeitor, desalmado, mau e perverso.
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher