Fui convidado prum baile
No chico da encruzilhada
Arriei meu cavalo preto
De pura marcha troteada
Eu já estou acostumado
Dou dois tiros na chegada
Apeio e amarro o preto
E vou pagar a minha entrada
Entrei na sala de baile
Já vi uma linda morena
Ela estava sorrindo
C’os lábios cor de açucena
Ouvi ela estar dizendo
Pra uma outra pequena
Este gaúcho é disposto
E me agrada o seu sistema
Num canto tava o gaiteiro
Já começando a tocar
Olhei pra moreninha
Já veio me convidar
Um cuera se incomodou
Começou a falar
E isso e desaforo
E eu não costumo aguentar
Já ouvi um tinido
Quem nem maio de um ferreiro
Gritou o dono da casa
Quem atirou no candieiro
Se querem brigar no escuro
Saiam lá pro terreiro
Não quero dentro de casa
Folia de bagunceiros
Saí pelos escuro
Com a morena no costado
Choveu ponta de faca
De tudo quanto era lado
Arranquei da minha adaga
Já fedeu chifre queimado
Nós fomos neste rolo
Até onde o preto tava amarrado
Já saltei de cavalo
Com a morena nos meu braços
Arranquei do meu Schimit
Comecei a dar balaço
Seguimos a galopito
Pra fazenda dos três passos
Eu sou mesmo decidido
E nada difícil eu acho
O osso do jogo-do-osso.
Estabelecimento rural com uma área entre 10 e 50 quadras de sesmaria de campo (ou 871 até 4.356 hectares), dividida em invernadas (cria, bois, vacas de invernar, etc.).