Quando a saudade malvada
Me aperta o coração
Dou de mão na velha gaita
E mando embora a solidão
Ai ai ai como dói meu coração
Aumenta mais a saudade
Na hora do chimarrão
A saudade é china ingrata
Que não perdoa ninguém
Com certeza sou mais um
Que sente saudade de alguém
Ai ai ai como dói meu coração
Aumenta mais a saudade
Na hora do chimarrão
Quando vem clareando o dia
Preparo meu chimarrão
Entre uma cuia e outra
Vou tapeando a solidão
Ai ai ai como dói meu coração
Aumenta mais a saudade
Na hora do chimarrão
Como é triste companheiro
Tenho que matear sozinho
Num rancho quase tapera
Sem amor e sem carinho
Ai ai ai como dói meu coração
Aumenta mais a saudade
Na hora do chimarrão
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.