(Tio Nanato/Gaúcho Guapo)
Eu fui nascido na serra, criado pela fronteira
Cruzando o uruguai a nado, contrabandeando madeira
Rebocando balsa n´água pelas fortes corredeiras
Vou sempre empurrando o peito que nem lagarto em ladeira
Eu te agarro e tu me agarra, mas oigaletê porquera
Saimo´ empurrando os peito´ que nem lagarto em ladeira
Eu sou pau pra toda obra, gosto da lida matreira
Se alguém me pisar no poncho eu viro em sarna de aroeira
Pois nem com erva de bicho não me matam a coceira
E saio empurrando o peito que nem lagarto em ladeira
Eu te agarro e tu me agarra, mas oigaletê porquera
Saimo´ empurrando os peito´ que nem lagarto em ladeira
Se alguém não gostar de mim não vou esquentar a moleira
Não gasto porva em chimango, nem vou dar um nó nas cadeira´
Quebro o meu foia de abóbora, não dou bola pra besteira
E saio empurrando os peito´ que nem lagarto em ladeira
Eu te agarro e tu me agarra, mas oigaletê porquera
Saimo´ empurrando os peito´ que nem lagarto em ladeira
Meu fraco é china bonita, baixinha, fofa e faceira
Com andar de pomba rola, que saiba dançar vaneira
Me viro num chapéu véio, me tapo de polvadeira
E saio empurrando o peito que nem lagarto em ladeira
Eu te agarro e tu me agarra, mas oigaletê porquera
Saimo´ empurrando os peito´ que nem lagarto em ladeira
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).