Floreio o bico da gansa nesta gateada lobuna
A melhor das minhas alunas na doma tradicional
Por favor, não leve a mal este meu jeito fronteiro
Filho de pai brasileiro, hijo de madre oriental
Não carrego pretensão, mas não sou de me achicar
Decerto, trouxe de allá o gosto pela guitarra
Quando a saudade se agarra num bordoneio entonado
É o meu povo enforquilhado num bagual, mandando garra
Sou assim apaisanado, domador e guitarreiro
Diariamente peão campeiro, nas folgas campeio festa
Tapeio o chapéu na testa, pra ver melhor as imagens
Talento, fibra e coragem, não se compra, nem se empresta
Quem é do garrão da pátria, alma, sangue e procedência
O amor pela querência traz retratado na estampa
Retovos de casco e guampa no repertório da lida
Pra que o sentido da vida finque raízes na pampa
No cabo de uma "solinge" sou mais ligeiro que um gato
Do aporriado um carrapato largando só no garrote
E macho, pra me dar bote, não se perca por afoito
Junte mais um sete ou oito e me atropelem de lote
Numa milonga crioula, numa chamarra gaúcha
Pego grito de alapucha e me acomodo no embalo
Matei ao canto do galo, gosto do assunto bem claro
Se de a pé já não disparo, quanto mais bem a cavalo
Sou assim apaisanado, domador e guitarreiro......
Adestramento.
Vila, distrito.
Adestrador.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Parasita que agarra-se ao couro dos animais, para sugalos.