Peço perdão se me atrevo
Mas vou descançar o alcatre
Entrar na roda do mate
Mesmo sem ser convidado
Pois necessita quem canta
Tirar o pó da garganda
E ter seu canto escutado
Mais claro que o do sorsal
Que faz seu canto bagual
Seu jeito de ser lembrado
Se venho zonzo das guerra
Não bordoneio guitarra
Sem primeiro descansar
Não gosto de ser estorvo
Nem tenho cruza de corvo
Que nunca aprendeu cantar
Nos caminhos onde andei
Reculetei experiência
E o cantor tem como ciência
A liberdade em seu canto
De um versejar costumeiro
Donde vem sempre primeiro
As coisas que herdou do campo
Que faz do aprender da lida
Qual um rosário de vida
Em acordes de acalanto
Por isso canto essas coplas
Campeiras por exelência
Meu cantar tem procedência
Das razões e das verdades
Pois essa rima baguala
Com cheiro de massanilha
Tem balanço das flechilhas
Do campo do coração
E nos acordes do violão
Vem dar sentido em minha vida
Por isso canto essas coplas...
Por isso canto essas coplas
Campeiras por exelência
Por isso canto essas coplas..
Por isso canto essas coplas...
Por isso canto essas coplas...