Neste compasso "sureño" sinto o alvoroço da terra
Ensaio um grito de guerra pra defender o que tenho
A ser "machaço" me empenho sem jamais perder o embalo
Muitos condenam o que falo, mas muitos enxergam verdade
Porque respeito e hombridade só os buenos tem por regalo
Parece que o nosso mundo a cada dia que passa
Tranqueia rumo à desgraça morrendo a cada segundo
Desnorteado me confundo mesmo assim não faço alarde
Mas vendo que o sol se encarde sinto minha alma irrequieta
Pois confissões de um profeta não são falas de um covarde
Meu pensamento é distinto, não temo porque não devo
Peço perdão se me atrevo, falo a verdade, não minto
Pra vos dizer o que sinto me agarro à guitarra e canto
E aqui no mais me levanto e escancaro meu protesto
Porque a arrogância do resto a mim já não causa espanto
Vejo meu povo sofrido judiado por quem investe
Em crimes, trampas e pestes, num descontrole atrevido
Vejo meu povo perdido, sem saída, desnorteado
Num planeta devastado pela gana dos malditos
Que gostam de ouvir os gritos dos tauras sacrificados
Perdoem o atrevimento deste humilde versejador
Que de esporar e tirador changueia o próprio sustento
Meu canto não é um lamento pois pra isto não me presto
Mas traz num jeito modesto as ansiedades de um povo
Que sonha com um mundo novo sem precisar de protesto!
Vila, distrito.
Desejo súbito, vontade.
Avental de couro; pilcha exclusiva de serviço.
Estafeta que leva algo a outrem.