Um dos céus se despeja
Mandando embora a estiagem
Traz de volta paisagem
Do sul que viceja
Findando a peleja
Ante a seca e o vilão
Que promove a extinção
Ostentada em troféus
Ofendendo aos céus
Com tamanha agressão
E a vida gerando esperança
Que vagava em busca de abrigo
Na certeza do gesto amigo
Que o céu nõa esqueceu na lembrança
Festejando a bonança
Num bailado de asas
Retorna pra casa
A semear os juncais
Pra nunca mais, nos jornais, a dor abrasa
Pra nunca mais, nos jornais, a dor abrasa
Retoma a vida o banhado
Honrando de novo seu nome
Não há mais bicho com fome
No taim outra vez matizado
Bem como eu tinha sonhado
Vozes soltas ao vento
Visitando firmamento
Repetindo no mesmo tom
Pra que deus, deus ouça este som
De gratidão neste momento
{repete}
Não há mais bicho com fome
No taim...