Tem gente que me criticam, me chamam rei da grossura
Por me verem de bombacha e guaiaca na cintura
E esse traje camponês é um sinal de fartura
Todo o índio da campanha é uma boa criatura
Não ligo pra disque-disque, que eu prefiro tomá uísque
E arrotar cachaça pura
Só mesmo um ignorante, faz farra de um índio grosso
Meu maior prazer que eu tenho é ata o lenço no pescoço
Com as ponta esparramada, que tape goela e caroço
Pra livra das carniceira em dia de alvoroço
Pala solto sobre os ombro e eu não me assusto de assombro
Nessas carpetas de osso
Conheço a luta pesada, eu já fui peão de fazenda
Por isso não admito que um cola-fina me ofenda
Já recebi elogio, dos lábios de linda prenda
Só não me casei ainda, por ser pouca minha renda
Com esses versos espero lucro, procuro a fazer bem xucro
Que qualquer um vivente entenda
E no dia em que morrer este gaudério dos pampa
Lá no alto da coxilha ali que eu quero a minha campa
Na cruz a fotografia identificando a estampa
Pra visitar esse Xirú, tem que subir uma rampa
E aqui jaz um trovador, não precisa levar flor
Leve cachaça na guampa
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Cinturão de gaúcho, com algibeiras.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Indivíduo, criatura, pessoa.
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Leves ondulações topográficas no terreno.