Compadre velho domingo tu vai lá em casa
Que o meu potrilho já está pronto pra domar
Que tua ajuda pra quebrar o queixo dele
Salta pra arriba que eu quero te amadrinhar
Compadre velho vá de manhã bem cedinho
Que eu já te espero com ele preso na mangueira
Eu te amadrinho no tostado frente aberta
Que é acostumado a pechar égua caborteira
Esse matungo é de raça bem veiaca
Dá cada coice de tremer as carretilhas
Pois o pai dele nunca senta os arreios
E a mãe dele é aporreada e tropilha
Esse cavalo é da estância bolão de ouro
Que é conhecida lá pras bandas do funchal
É terra forte do índio que gineteia
É campo fino do potro xucro e bagual
O capataz da estância bolão de ouro
Gosta de festa, de cordeona e de violão
Vai estar presente na primeira galopeada
Pois também gosta de lidar com redomão
Esse matungo é de raça bem veiaca
Dá cada coice de tremer as carretilhas
Pois o pai dele nunca senta os arreios
E a mãe dele é aporreada e tropilha
Este gaúcho é um índio que eu considero
E é pra ele que eu compus essa canção
Me dê licença vou encilhar o meu cavalo
Que tem a marca da estância do bolão
Esse matungo é de raça bem veiaca
Dá cada coice de tremer as carretilhas
Pois o pai dele nunca senta os arreios
E a mãe dele é aporreada e tropilha
Cavalo que ainda mama (até dois anos).
Acima
Cavalo de pouca qualidade.
Tem dois sentidos: Patada violenta de um animal; ou, a 1ª junta de bois cangados.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Selvagem.
Segunda autoridade de um estabelecimento rural (Estância, Fazenda ou Grânja), de uma Tropa ou de uma Charqueada.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Coletivo de cavalos.