Você vai pra lá, me diga pra ela
Que eu estou morando aqui na cidade
E daqui distante eu já descobri
Que ela usou-me de uma falsidade.
Uma cigana teve me explicando
Que para o homem ter felicidade
Com uma mulher que não for distinta
Se dá-lhe nela uma surra de cinta
Por que ela ajeita e agarra amizade
(assim com um carinho desses quem é que não se entrega?)
Você vai pra lá, me diga pra ela
Que qualquer a um dia eu vou no meu ranchinho
Se tiver homem sai pela janela
E eu deito de novo no meu velho ninho
Eu só farei o que for necessário
Sem comentário para o meu vizinho
Vou dar-lhe nela dois ou três cintaços
Depois faze-la deitar nos meus braços
E pagar a surra com os próprios carinhos.
Esse remédio merece cuidado
Por isso eu vou aplicar em pessoa
Pra se bater na mulher que se gosta
Há que ter cuidado se não atordoa
Eu gosto muito daquela mulher
Vou ver se salvo aquela pessoa
Pode que a cinta e que deus ajude
Que ela tome uma nova atitude
Depois de perdida ainda se torne boa.
(há, há, ela vai pegar o caminho)
Só não me peçam copia da letra
Por que eu não dou a cópia pra ninguém
É um remédio que estou aplicando
Pra ver se salvo quem eu quero bem
Mais tarde sim, se der resultado
Será comentado pelo mundo além
Aí mais tarde se você tiver
Qualquer problema com sua mulher
Peça a receita que eu lhe dou também.