Sou um índio caborteiro
Gaudério, xucro e matreiro
Mas carrego no meu peito
De pintado, um sinuelo.
Este sinuelo me leva
Pela tardinha o reponte
Onde tem china bonita
Cachaça pura e bem forte.
Gosto da carne do xibo
De preferência mal assada
Do pingo gordo e delgado
E a china bem arrumada
Da cancha de osso no amor
Eu topo qualquer parada
No tiro de volta e meia
Só boto sorte cravada.
Não sou solteiro e nem casado
Sou deixado da mulher
Pois o destino assim quis
E seja lá o deus quiser
Amores não me prenderam
Eu não me prendo em mulher,
Ocupo quando preciso
E largo quando quiser.
Selvagem.
Um ou mais animais mansos que servem de guia à tropa.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Afetivo de cavalo de estimação.