Eu ando na estrada cansando o cavalo
Botando sentido nas coisas que vejo
De cima do arreio campeio meu rumo
E aos poucos me aprumo por sobre os pelegos
Um trago de canha, um mate cevado
E um sonho a "lo largo" no sul do pais
Buscando um sorriso além da saudade
Aprendo as verdades da vida que eu quis
Eu sinto que a estrada me ensina aos pouquinhos
E sigo sozinho, sem medo de ir...
Vencendo distancias cruzando fronteiras
Encontro nas ânsias razões pra seguir
Eu trago a esperança estampada na cara
E guardo as lembranças das coisas que fiz
Com raca e coragem eu topo a parada
E aguento o repuxo firmando a raiz
Aaah! tristeza gaúcha que trago no peito
Trancando essa historia com fibra e com jeito
De quem sabe bem levantar quando cai...
Aaah! a estrada e comprida e andar vale a pena
Pois quem busca sonhos de alma serena
Tocando pra frente sabe aonde vai
Assim me sustento e tapeio o chapéu
Andando "a lo leu" nas voltas do pago
Descubro a querência nos fundos de campo
E canto o Rio Grande nos versos que faço
Ternura e silêncio nas horas tranquilas
Destreza no braco pra quando e preciso
A vida me leva conforme o seu tranco
E assim me conduz mansamente em seus trilhos
Aaah! tristeza gaúcha que trago no peito
Trancando essa historia com fibra e com jeito
De quem sabe bem levantar quando cai...
Aaah! a estrada e comprida e andar vale a pena
Pois quem busca sonhos de alma serena
Tocando pra frente sabe aonde vai
Sabe aonde vai, sabe aonde vai, sabe aonde vai...
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.