Tenho saudade
Dos bons tempos de outrora
Quando eu vivia la fora
Na fazenda do branquilho
Com a minha gaita
A minha faca prateada
E a minha gaucha amada
Senhora mae dos meus filhos
Com elas tres
Sempre em minha companhia
Vivo cheio de alegria
Sou um gaucho feliz
Com a minha faca
Que eu carrego na cintura
Conhece as minhas bravuras
Pelas peleias que fiz
Minha cordeona
Sempre boa e afinada
Nao e gaita pianada
E sanfoninha singela
Mas para mim
Contem diversos valores
Por que muitos trovadores
Ja surrei tocando nela
Minha gaucha
Um anjo que deus me deu
Ela por mim ja sofreu
Mas ainda me admira
Quando ela ouve
Eu la no radio cantando
Fica quetinha escutando
E de saudades suspira
Ate a faca
Que alguns anos atras
Tinha trabalho de mais
Esta descansando agora
Mas quando enxerga
O churranco e a farinha
Corcoveia na bainha
Querendo saltar pra fora
E hoje velho
Com meus cabelos brancos
No improviso sou franco
A rima nunca faltou
Gracas a deus
Canto com facilidade
Porem so resta saudade
Dos tempos bons que passou
Estabelecimento rural com uma área entre 10 e 50 quadras de sesmaria de campo (ou 871 até 4.356 hectares), dividida em invernadas (cria, bois, vacas de invernar, etc.).