Walther Morais
CD De Gaúchos e Cavalos (2004)
Disco A
- 1 Bochincho 📜
- 2 De Cima do Arreio 📜
- 3 Sovando Lombo de Potro 📜
- 4 Lá das Bibocas 📜
- 5 De Gaúchos e Cavalos 📜
- 6 Gaviona 📜
- 7 Égua Tostada 📜
- 8 Coração Italiano 📜
- 9 Retovando a Lida 📜
- 10 Terra Querida 📜
- 11 Romance de Lua e Estrada 📜
- 12 Cantando a Saudade 📜
- 13 Caudilho do Caverá 📜
- 14 Lembrança do Passado 📜
Sovando Lombo de Potro
Ajeitei bem as chilenas
Firmei no garrão da bota
Risquei o chão da mangueira
Pra mostrar o quanto corta
Olhei pra os zóio do bicho
Parecia um fogaréu
E eu já via são pedro
Me abrindo as potas do céu
O capataz da estância
Me falou meio sem jeito
Adelgaça mais um dia
Pra pegar tino e respeito
Mas gritei: forma cavalo
Pois chegou a tua hora
Hoje tu perde a cisma
Abaixo de mango e espora
Pulei pra riba sem medo
Deste azedo e puava
Por cima eu deitava o reio
Por baixo a espora cortava
Salto fora da mangueira
Se jogou no alambrado
Quebrou palanque e porteira
Igual o capeta encilhado
Levando tudo por diante
Se mandando a campo fora
Sentindo a tala do mango
E o cutuco da espora
Corcoveava se bandiando
Querendo me dar um tombo
Não vai me tirar de cima
Nem que tu vire o lombo
Meus asperos são de respeito
Tiro dum e boto noutro
Minhas garras foram feitas
Pra sovar lombo de potros
E o que cai nas minhas mãos
Se alinha a grito e açoiteira
E depois me leva pra o rancho
Nas noites de borracheira
Lavado de suor e sangue
O maula nao se entregava
Trazia o diabo no couro
De tando que corcoveava
Pois puxava cada pulo
De sacudir a encilha
E as chilenas nao davam trégua
Da paleta inte as virilhas
Corcoveou mais de uma légua
Da estância até o chapadão
Depois afroxou o lombo
Firmou os cascos no chão
Pois voltou a trotezito
Pedindo bençãoo pra o reio
Se negando nas macegas
E se acostumando com o arreio
Meus asperos...
Firmei no garrão da bota
Risquei o chão da mangueira
Pra mostrar o quanto corta
Olhei pra os zóio do bicho
Parecia um fogaréu
E eu já via são pedro
Me abrindo as potas do céu
O capataz da estância
Me falou meio sem jeito
Adelgaça mais um dia
Pra pegar tino e respeito
Mas gritei: forma cavalo
Pois chegou a tua hora
Hoje tu perde a cisma
Abaixo de mango e espora
Pulei pra riba sem medo
Deste azedo e puava
Por cima eu deitava o reio
Por baixo a espora cortava
Salto fora da mangueira
Se jogou no alambrado
Quebrou palanque e porteira
Igual o capeta encilhado
Levando tudo por diante
Se mandando a campo fora
Sentindo a tala do mango
E o cutuco da espora
Corcoveava se bandiando
Querendo me dar um tombo
Não vai me tirar de cima
Nem que tu vire o lombo
Meus asperos são de respeito
Tiro dum e boto noutro
Minhas garras foram feitas
Pra sovar lombo de potros
E o que cai nas minhas mãos
Se alinha a grito e açoiteira
E depois me leva pra o rancho
Nas noites de borracheira
Lavado de suor e sangue
O maula nao se entregava
Trazia o diabo no couro
De tando que corcoveava
Pois puxava cada pulo
De sacudir a encilha
E as chilenas nao davam trégua
Da paleta inte as virilhas
Corcoveou mais de uma légua
Da estância até o chapadão
Depois afroxou o lombo
Firmou os cascos no chão
Pois voltou a trotezito
Pedindo bençãoo pra o reio
Se negando nas macegas
E se acostumando com o arreio
Meus asperos...