Lembro do velho itaqui
E de mim num um simples guri num tempo lindo que se foi
Quando eu era carreteiro;
E cruzava este chão campeiro conversando com os bois
O cerrito e o coração
Engoliam léguas de chão num compasso suave e manso
E a carreta rechimando
Era um barco deslizando na coxilha de um remanso.
Era uma cruz cada canga
E o jaguané e o pitanga não respeitavam atoleiro;
E nessa sina aragana
Se precisar de picana eu cruzava o pago inteiro.
Perdia os dias de conta
E entre o coice e a ponta com o berro do jaguané
Bandeava rios e peraus
Caminhos buenos e maus pra chegar no bororé.
Se deus um dia me visse
Eu queria que ouvisse todas as noites antes da aurora
Junto com vento pampeiros
A canção do carreteiros se espalhando estrada a fora.
Boiada do meu destino
Um pampa, um oveiro, um brasino e um jaguané aturunado
Com esses quatro irmãos guapos
Eu me sentia um farrapo num lanchão num descampado.
E assim ia campo a fora
Sentindo a canga das horas no berro triste do gado
Cantando e abrindo caminhos
Entre os cerros , os espinhos e o pastiçal dos banhados.
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Veículo rústico e primitivo meio de transporte coletivo ou de cargas que chegou aqui no Pago Gaúcho, vindo dos romanos para a península Ibérica, tendo origem na Mesopotâmia.
Leves ondulações topográficas no terreno.
Jugo de madeira que serve para cangar bestas (bois).
Pêlo de bovino que tem o fio do lombo e a barriga branco e os costados (lados) vermelho, baio ou preto.
Destino, sorte.
Aguilhada ou guilhada.
Lugar em que se nasce, de origem
Tem dois sentidos: Patada violenta de um animal; ou, a 1ª junta de bois cangados.