Toldei um bagual ruano que mal pisava o capim
Pingo de saltar esmagando se a volta viesse pra mim
Troteava as chilenas, bufando e bem arreglado
Fui visitar uma morena, que conheci no povoado
Eu que vivo domando e lidando com corda forte
Sou guasqueiro e domador e pra o amor tenho sorte
Boleei a perna no rancho e ele estava na janela
Frouxei o bocal do ruano, atei e fui lá vê ela
Ela foi lá na cozinha e trouxe um mate bem cuiudo
Eu olhava aquelas mãozinhas e apertava com cuia a tudo
E ali tivemos mateando pensando em que conversar
Disse ele tá sentando o teu bagual vai escapar
Só que rebente o pescoço, mas a cabeça é de ficar
Vira o mate e aquenta a água que tá querendo esfriar
Corda que eu faço menina, não é com lonca de sapo
Potro que eu pego se amansa, senão a golpe lhe mato
Agora o ruano tá manso, já dei a segunda sova
Já trouxe a china pra o rancho, morar na querência nova
Nas madrugadas charruas levanto devagarinho
Fica que é uma tatua, aninhada no meu ranchinho
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Adestrador.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Couro (pele) de eguariço.
Tem dois sentidos: impulso brusco ou negócio fraudulento de alarife.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.