Vinha colorindo com matiz de ouro
O espelho d'água na prata da sanga
Vinham reflorindo as flores dos campos
Madurando os frutos da doce pitanga
Era primavera no seu flete bueno
Gotas de sereno no verde do chão
Tempo do vizinho refazer o ninho
E buscar a amada do seu coração
Era primavera a anunciar poesias
Pelas sesmarias da querência em flor
E para os tristonhos que não têm quimeras
Era primavera pra encontrar o amor
Era primavera que o peão espera
Pra amansar o potro da chinoca amada
Era o encantamento dela na janela
Quando o namorado surge pela estrada
(Era primavera com seus meigos olhos
Romanceando versos de um querer sem fim
E ao brotarem singelos sobre os cinamomos
Trazem tuas lembranças pra junto de mim)
Cavalo bom e ligeiro, de tiro longo.
Orvalho.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.