Um potreiro junto às casas
Pra cavalhada da encilha
Silhueta de estância grande
Mouras, gateadas, rosilhas
Se perfilando na forma
Aos gritos do peão ponteiro
No ritual velho campeiro
De embuçalar a tropilha
Um casal de "joão barreiros"
No galho da pitangueira
Que amanhaceu florecida
Com brilhos de primavera
Bombeiam longe seu rancho
Erguido junto à tronqueira
No costado da porteira
Portal de campo e espera
Num florão de pingo
Num trote chasqueiro
Se vai o campeiro
De novo pra lida,
O jeito de estância
A alma de campo
Saudade de um rancho
Num sonho de vida
Na volta da campereada
No fim de mais outro dia
Um mate bueno cevado
Com gosto de nostalgia
Quem sabe as almas do campo
Deixem a prenda na espera
Para me abrir a cancela
Com saudade e alegria
Quem sabe a tarde se finde
Num pôr de sol da campanha
E eu siga mateando manso
Bombeando ao largo o potreiro
Talvez por ser um fronteiro
Tenha o destino de tantos
Cuidar tropilhas e campos
Junto à um casal de barreiros.
Pequena invernada onde pastam potros, situado nas imediações de uma Fazenda ou Estância.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Andadura moderada dos eguariços.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Bom.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.