Na missioneira São Borja,
Plantada lá na fronteira,
Tem uma tropilha guapa,
Uma eguada caborteira
Que corcoveia por nada;
Mas oigaletê "porquera"!
Tem a picaça dondoca
Que sai escavando toca,
"Chacoaiando" o calavera!
Na tropilha maragata
Quem relinchar "veiaqueia";
E o Júlio que é o proprietário
Conhece a parada feia!
Vem de família campeira,
Que não se enreda em maneia...
Dizem que foi batizado
No lombo de um aporreado
E até a sua vó gineteia!
Tem a gateada caturra
Que, na gurupa, é um tufão!
No lombo da Vanessinha
Quem monta já está no chão!
O pintado pega leve...
E a zaina tequila, então?
No basto oriental é certo!
E a coral pra o basto aberto
mostra que tem vocação!
Tem a zaina água bonita
Para animar o rodeio,
A colorada doutora
Que receita um tombo feio,
A gateada castelhana
Que atora o Rio Grande ao meio!
Não sei se acorda amanhã
Quem pega a Camburetã
Bufando que nem rio cheio!
No rincão dessa tropilha
Ninguém respeita cancela,
Até o petiço aguateiro
Já sai batendo tigela,
As "véia" brigam de foice,
Vaca do tambo atropela...
No galpão só tem bandido,
Por qualquer mal-entendido
Voa um pela janela!
Coletivo de cavalos.
Tipo de arreio.
Queda.
Lugar isolado em fundo de campo.
Estábulo onde se ordenham as vacas.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.