Como é lindo e "devertido"
Um "bailezito" campeiro!
Que ao índio mais caborteiro
"Le gusta batê fervido!"
Um salão de chão batido
Onde o gaúcho, se espiando,
Esquece a vida bailando
De bigode repartido!
Um gaiteiro distraído
Olhando para as percantas,
Vai animando a bailanta
Numa vaneira, perdido...
E "às vez" um mal-entendido
Faz com que o taura, berrando,
Pare rodeio peleando
De bigode repartido!
E, depois do "assucedido"
Monta no flete seguro
Que sabe enxergar no escuro
O rumo desconhecido...
Traz aguçado o sentido
O pingo de quem peleia
E topa a volta mais feia
De bigode repartido!
Chega assim, amanhecido,
Na estância após o domingo,
Saca os recaus do seu pingo
E encilha um baio temido,
Que sai teso e recolhido,
Troteando de lombo duro
E o índio prevê o apuro
De bigode repartido!
Não se assusta o prevenido
Quando o baio se escancara...
De repente esconde a cara
Não se dando por vencido!
Mas sente o choro doído
Da espora mordendo o couro
No garrão do índio touro
De bigode repartido!
É assim o tempo vivido
De quem é livre qual vento,
Não se enreda em casamento
Nem em nada parecido;
Habita o campo estendido
No ofício de campereá-lo
E cruza a vida a cavalo
De bigode repartido
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Cavalo bom e ligeiro, de tiro longo.
Afetivo de cavalo de estimação.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
São os aperos que vão sobre o lombo do eguariço, somente.
Firme.