O tropel da cavalhada
Retumbando no varzedo
Num hino de pago e terra
É um clarim de manhã cedo
Acordando a "pátria-pampa"
Chama a peonada pra lida
Porque o dia pede cancha
No ritual da recolhida
Afloram honra e raiz
Quando se enfrenta um cavalo
Ao som primeiro dos galos
Cá num garrão de país
Esta alvorada fronteira
Que vem brotando dos campos
Apaga a luz das estrelas
E o lume dos pirilampos.
A noite que foi se embora
Toda encilhada de lua
Cedeu poemas pra aurora
Forjando rimas charruas.
Foi madrugar nos açudes
Afogando seua faroís
E a negra luz das quietudes
Rompeu-se às lides de sóis.
Os mates ficam lavados
"se queda" triste o galpão
Quando a silhueta do peão
Troteia pra o descampado.
Um pai de fogo conserva
O braseiro em nostalgia
Mais tarde se vira o mate
Pra o mate do meio-dia.
Lugar em que se nasce, de origem
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.