Campeando um rastro de glória
Venho sovado de pealo
Erguendo a poeira da história
Nas patas do meu cavalo
O índio, que vive em mim
Bate um tambor
No meu peito
O negro, também assim
Tempera e adoça
O meu jeito
Com laço e com boleadera
Com garrucha e com facão
Desenhei pátria e fronteira
Pago, querência e nação.
Eu sei que não vou morrer
Porque de mim vai ficar
O mundo que eu construí
O meu rio grande, o meu lar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar.
Sou a gaita corcoveando
Nas mãos do velho gaiteiro
Dizendo por onde ando
Que sou gaúcho e campeiro
Eu sou o moço que canta
O pago em cada canção
E traz na própria garganta
O eco do seu violão.
Sou o guri pêlo duro
Campeando o mundo de amor
E me vou rumo ao futuro
Tendo no peito um tambor.
Eu sei que não vou morrer
Porque de mim vai ficar
O mundo que eu contruí
O meu rio grande, o meu lar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri, vai achar.