Eu sou nativo de uma terra bem distante
Que, por sinal, é buenacha e hospitaleira
Por qualquer coisa a gauchada não acanha
E o velho trago de canha não falta na domingueira
Por qualquer coisa a gauchada não acanha
E o velho trago de canha não falta na domingueira
Tiro de laço, gineteadas campo afora
Jogo de osso nos comércios de carreira
Assim no más repontei a minha infância
No viver de peão de estância, dando pealo na mangueira
Assim no más repontei a minha infância
No viver de peão de estância, dando pealo na mangueira
Depois de moço eu saí pra sentar praça
Fiquei um ano com a farda brasileira
Quando dei baixa resolvi voltar de novo
Pra viver junto ao meu povo na mi'a vida galponeira
Quando dei baixa resolvi voltar de novo
Pra viver junto ao meu povo na mi'a vida galponeira
O mundo inteiro já conhece este qüera
Que faz o verso com carinho e com amor
Assim eu vivo, e assim gosto de viver
E agradeço a Deus por ser um gaúcho de valor
Assim eu vivo e assim gosto de viver
E agradeço a Deus por ser um gaúcho de valor
E, hoje em dia, sou um gaúcho folgazão
Tenho um ranchinho e muito amor junto aos meus
Na minha vida conquistei tudo o que eu quis
Por isso sou bem feliz com este dom que Deus me deu
Na minha vida conquistei tudo o que eu quis
Por isso sou bem feliz com este dom que Deus me deu