Neste galpão tem histórias
Em cada pedra encaixada
Não histórias escritas
Mas pelas lidas ali perpetuadas
As histórias estão nos boçais
E em cada xergão empapado
No travessão e na sobre chincha
Nos palas ali pendurados
Estão nas barbelas e freios
Com baba e ferros mascados
Nas rédeas e nas coscorras
Juntos as línguas de cavalos
Estão na sofá das caronas
Nos laços e nas boleadeiras
Nos pelegos e nos bastos
Nos estribos e nas estribeiras
As histórias estão nas mateadas
De cada inverno e verão
Num barulho de tesoura
Aparando toso com a mão
As histórias estão na memória
De geração a geração
Nos outonos e primaveras
No giro de cada estação
Estão nas barbelas e freios
Com baba e ferros mascados
Nas rédeas e nas coscorras
Juntos às línguas de cavalos
Estão na sofá das caronas
Nos laços e nas boleadeiras
Nos pelegos e nos bastos
Nos estribos e nas estribeiras
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Baixeiro apero de encilha que se coloca no lombo puro do animal.