Eu trago o cheiro da terra em minhas narinas
E o perfumado ar das campinas nesta saudade em meu coração Eu trago as lindas paisagens das verdes matas
E o murmúrio daquelas cascatas se debruçando no meu rincão
Eu trago a relva orvalhada daqueles campos
Poeiras de estradas e pirilampos que há muito tempo eu já não vejo
Eu vivo longe da terra onde eu nasci
Mas não esqueço que foi ali que aprendi a ser cancioneiro.
Minha terra natal, oh minha gente querida
Minha amada e prometida que não esqueço jamais
A saudade eh cruel, mas o coração tem asas
Um dia volto pra casa e de lá não saio mais.
Eu trago preso no laço dessa lembrança
Lindos momentos de minha infância que não parecem envelhecer
Raízes no chão da alma apesar dos tempos
Mantendo vivas no meu pensamento coisas que nunca vou esquecer.
Eu trago a herança nativa dos pajadores
E o privilégio dos cantadores que da poesia são prisioneiros
Eu vivo longe da terra onde eu nasci
Mas não esqueço que foi ali que aprendi a ser cancioneiro.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.