Num galpão de pau-a-pique
Chão batido bem molhado
Um surungo bem largado
Ao costume missioneiro
Num canto o velho candeeiro
Faz que se apaga e se acende
Que até parece que entende
Bailando a o som do gaiteiro
E o chinaredo se assanha
Como traíra na isca
E algumas até se arrisca
Mordendo no barbicacho
E o rude candeeiro guacho
Às vezes vai se apagando
Mas o patrão vai bombeando
Cuidando o modo dos machos
Segue o surungo ala solto
E o gaiteiro sonolento
Já se entrava litro á dentro
E aos gritos pro bolicheiro
Traga mais canha parceiro
Que a aurora agora se muda
Nem que o cheiro da crinuda
Se misture ao do candeeiro
Eu dancei todas as marcas
Com uma morena faceira
Chinoca flor de primeira
Minha altura mesma idade
Que se foi pra Soledade
Voltei pra casa solteiro
E o surungo de candeeiro
Só deixou pra mim saudade
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É no compasso da sanfona que eu danço
É no balanço da vanera que me encanta
É no sorriso da morena mais faceira
Que eu vou pra sala e danço toda a noite inteira
No sapateio da moçada animada
Na madrugada dou-lhe um grito pro gaiteiro
Que não se afrouxe e toque mais uma vanera
E segue em frente o bailezito da fronteira
Vamos moçada passa a mão na meninada
Não deixe elas com vontade vamos pra sala dançar
E se o gaiteiro tem balanço de vaneira
Eu quebro o pau a noite inteira e danço até o dia clarear
Vamos moçada não ligue pra cara feia
Não é noite de peleia vamos pra sala dançar
E se o gaiteiro tem balanço de vaneira
Eu quebro o pau a noite inteira e danço até o dia clarear
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Baile de baixa categoria.
bordel; onde fica o chinaredo
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Contenda, disputa, combate, luta, batalha.