A voz da querência num touro que berra
E o cheiro da terra que a chuva levanta
Se chegam matreiros e o rancho me invadem
Trazendo saudades no vento que canta
Milonga do campo sombreia espinilhos
E espanta os potrilhos além da manada
Destino trançado nos tentos do laço
Que afogam o mormaço na tez das aguadas
Cadência estradeira das patas do pingo
Canção que o domingo compôs na distância
Sovando os arreios no lombo do tempo
C'o as notas que o vento soprou nas estâncias
Milonga do campo que eu canto pro gado
Fundão de banhado, coxilha povoada
Acende candeeiros na noite mais calma
C'o a chama da alma que trago invernada
E as garças perdidas embalam as asas
Revoam às casas num leve reponte
Tal fosse uma tela que Deus, inspirado
Tivesse pintado no azul do horizonte
Milonga do campo que, mesmo chorando
Ressurge brotando tal fosse o capim
Matando-me a sede de secas restingas
Nas fundas cacimbas que habitam em mim
Cadência estradeira das patas do pingo
Canção que o domingo compôs na distância
Sovando os arreios no lombo do tempo
C'o as notas que o vento soprou nas estâncias
Milonga do campo que eu canto pro gado
Fundão de banhado, coxilha povoada
Acende candeeiros na noite mais calma
C'o a chama da alma que trago invernada
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Quentura de sol abrasador, geralmente após uma chuva de verão.
Conjunto da encilha.
Leves ondulações topográficas no terreno.