Nem bem clareia já me encontro chimarreando
Ao pé do fogo que aquenta as madrugadas
Daqui um poquito o sol desponta no horizonte
"tó" desde ontonte co'as "ideia engarrafada"
Pra o parapeito do galpão arrasto as "garra"
Bucal na mão vou "tiflando" prá mangueira
Meu sestrosa me cuidando a matungada
Vem da invernada e fica "flor de caborteira"
Mas que me importa pois me levantei aluado
Cano virado das minhas botas garroneiras
Toda segunda tem bagual de lombo inchado
Advinhando que passei de "borracheira"
Junto as "argola" do cinchão no osso do peito
"precuro" um jeito, busco a volta e me enforquilho
Depois que munto e atiro o "caixão" prá trás
Só deus com um gancho, prá me "saca" do lombilho
Me dá vontade de "prende" o buçal na cara
Deste picaço que esqueceu como se forma
Mas eu garanto que embaixo dos meus "arreio"
Conhece o freio e aprende a "respeita as norma"
Pego-lhe o grito, "tacho os ferro" na paleta
De boca aberta o queixo-roxo vende garra
Lida baguala que em muitos mete medo
Meu xucro ofício que por vício eu fiz de farra.
Antes de ontem.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Primeiro apero do “preparo” da encilha.
Selvagem.