Tenho saudade, dos tempos bons de outrora
Quando eu vivia lá fora na fazenda do branquinho
Com a minha gaita, a minha faca prateada,
A minha gaúcha amada, senhora mãe dos meus filhos
[há ha, coisa boa!]
Com elas três, sempre em minha companhia
Vivo cheio de alegria, sou um gaúcho feliz
E até a faca, que eu carrego na cintura,
Conhece a minha bravura pelas peleias que eu fiz
[peleando mesmo, mas peleando pela vida]
Minha cordeona, sempre boa e afinada
Não é gaita pianada, é sanfoninha singela
Mas para mim, contém diverso valor
Porque muitos trovador já surrei tocando nela
[É verdade!]
Minha gaúcha, um anjo que deus me deu,
Ela por mim já sofreu, mas ainda me admira
Quando ela ouve, eu no rádio estar cantando
Fica quietinha escutando, e de saudade suspira
[eu também cantando suspiro me lembrando de ti compadre cardoso.]
Até a faca, que alguns anos atrás,
Tinha trabalho demais, esta descansando agora
Mas quando enxerga, o churrasco e a farinha
Corcoveia na bainha, querendo saltar pra fora
[se acalma, faca véia!]
E hoje velho, com os meus cabelos brancos
No improviso eu sou franco, a rima nunca faltou
Graças a deus, canto com facilidade
Porém me resta saudade do tempo bom que passou
[É, vamo encerrar porque não adianta, não volta mais!]
Estabelecimento rural com uma área entre 10 e 50 quadras de sesmaria de campo (ou 871 até 4.356 hectares), dividida em invernadas (cria, bois, vacas de invernar, etc.).
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Comida preferida do gaúcho.