Meu canto xucro vem de a cavalo
Firme, no embalo desta vaneira
Traz a querência, com atavismo
E telunsmo na alma campeira
Minha cordeona de som campeiro
Segue no tranco bem galponeiro
Firmando as rédeas da tradição
Seguindo o rumo do coração
E nas rondas galponeiras
Que a alma velha se agrando
Numa bailanta campeira
Donde a vaneira comanda
Neste tranco galponeiro
A gauchada se embala
Num surungo bem campeiro
Tomando conta da sala
Minha vaneira traz a lembrança
Da ressonância no chão batido
Ainda conserva o jeito e a marca
Destes monarcas ao tempo antigo
Viva o Rio Grande, pátria e querência
Que traz a essência de pêlo-duro
Cantando a paz de alma aberta
Na estrada certa, rumo ao futuro
É nas rondas galponeiras...