Um resto de madrugada um peleguito e o sogueiro
Patrício um negro antigo reponta os gateado oveiro
Vai rebenqueando sua sorte assobiando uma coplita
Soluça um vento do norte na macega umedecida
E um par de perro colera fareja lebre escondida
A mão troca a gajeta por alça de Paissandu
E os ganchos de pitangueira se despedem dos couros crus
Um gateado negaceia bem na porta do galpão
Do couro de uma novilha pendurado no oitão
Da uns bufido e se acomoda tranqueando qual redomão
Um ajeita os pelego o outro ata um bocal
Um resmunga com o peçuelo o outro engraxa o buçal
Esporas e garroneiras criolina em cano de bota
O feitiço das maneias os laços a bate cola
Perfil de estância e fronteira no rubro matiz da aurora
E se vão irmãos do vento com a alma galponeira
Lhes gusta o tranco da vida ao estilo da fronteira
Por pelo duro que são tapeiam bem o chapéu
Navegam em barco crioulo quase bem perto do céu
Renascendo a cada dia nas madrugadas de Deus
Aos olhos mansos de maio revisam no mais o outono
Os que vivem de a cavalo e os mandamentos crioulos
A sombra de um cinamomo serve um mate pra os domingos
Algum jujo é um consolo se o coração tem basteira
E a flor do campo é um regalo que a querência alcança aos filhos
Bolacha.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Andadura lenta dos eguariços.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.