Vou descendo pra fronteira
Sou louco de bagaceira
E cheio de amor pra dar
No tranco de uma vanera
Na semana farroupilha
Eu quero me desmanchar
Tô morando lá na serra
Tô de volta pra minha terra
E com certeza vou levar
Uma gringa de Caxias
Pra passar as noites frias
Nos pelegos a namorar.
Tenho gana missioneira
Vou campear algum surungo
Chegando de madrugada
Pra rever os meus amigos
Do piquete Orelhano
Visitar minha morada
Tô de voltam tô chegando
Se a fronteriça me ataca
Com olhar provocador
Com os pilas na guaiaca
Se o romance se destaca
Sou jeitoso no amor.
(Segue o tranco na bailanta
Na bailanta da fronteira
Tô louco de bem de bem
De olho nas bagaceira)
Andadura lenta dos eguariços.
Seguidor Farrapo.
Desejo súbito, vontade.
Procurar ou buscar no campo.
Pequeno agrupamento de pessoas; também designa um pequeno potreiro, onde pastam os potros.