(Zé Moraes /Marcos Serpa)
Descendo de gente pobre meu pai era lavrador
Minha mãe dona de casa numa estância do interior
Me criei batendo estribo campo afora e serra acima
Neste meu jeitão campeiro vou cumprindo a minha sina
Esfolando o osso do peito na peleia sem dar trégua
Vivo a torto e a direito mais eu vivo do meu jeito e deixe que escape as “égua”
E deixe que escape as “égua”
Cruzem porteira e alambrado
Que eu não to nem preocupado
E deixe que escape as “égua”
Trabalho a semana inteira lá na estância São José
Domando e castrando porco tirando res do aguapé
O Don Juca paga bem pela minha lida campeira
De guaiaca empanzinada derramando a gibeira
Mais me falta o tal controle quando chego nas bodega
Se me encontro com as morena a noite fica pequena e deixe que escape as “égua”
Levo a vida só na manha sem tristeza só alegria
Na me preocupo com o ontem amanhã é outro dia
Meu futuro é o presente é hoje que eu vou vivendo
Não passo a vida esperando minha parte eu vou fazendo
Nem co’s pealos desta mundo este guapo se sossega
Na lida ou divertimento minha vida é cem por cento e deixe que escape as “égua”