( Zé Moraes)
Este mango que eu carrego de presente eu ganhei
Pra mim tem muito valor, a história só eu que sei
Quem me deu foi o meu pai, pra mim é tudo na vida
Mandou fazer no passado para sua própria lida
Eu ainda era criança, hoje é minha esta lembrança
Esta relíquia querida
Este mango meu amigo é feito de couro cru
Trançado muito a capricho, é um rabo de tatu
Tem uma argola de ferro, para o repucho aguentar
E dos seu tempo de luta tem muito o que falar
Em peleia deu laçasso e muito quera macho
Ele fez se acomodar
Eu sou do sistema antigo, guardo os trastes do passado
Que foram usado em domas de potro xucro e aporreado
Por isso eu guardo este mango, com uma grande devoção
Pra com o passar dos tempos, ter uma recordação
Sei que as coisas estão mudando, quero mostrar este mango
Para a nova geração
Para ti meu velho pai hoje eu estou cantando
Para te agradecer, porque me deste este mango
Que eu guardarei comigo, por tradição e afeto
Quero deixar para o meu filho para fazer o correto
E pra ti meu pai eu juro, que mais tarde no futuro
Ficará para os meus netos
Espécie de açoite.
Contenda, disputa, combate, luta, batalha.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Selvagem.