Eu nasci no mês de julho, em noite de muito frio
Minha mãe levou um susto na hora que me pariu
Preguei-lhe um grito bem forte fez eco na madrugada
Parecia um bagual xucro relinchando na invernada
To chegando mundo veio, abram a porteira moçada
Quando me vi neste mundo nesta terra prometida
Eu até já imaginava o que eu seria nesta vida
Pois meu destino eu trouxe na palma da minha mão
Viver na lida de campo e honrar a tradição
Tocar e cantar pro povo é sina deste peão
O que eu faço nesta vida é lutar cada vez mais,
Pra preservar a cultura que eu herdei do meu pai,
De domar potro na estância, tocar tropa redomona
A tradição do Sul este quera não abandona
O som gaúcho não morre, enquanto eu tocar cordeona.
Nesta vida que eu levo muito tenho viajado
Levando muita alegria por onde eu tenho passado
Nesta lida de campeiro vou cumprindo a minha sina
De querência em querência a saudade às vezes me domina
Meu consolo é minha cordeona e amor de alguma china
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Selvagem.
Espaço seccionado numa cerca.
Vila, distrito.
Destino, sorte.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Coletivo de militares e de bovinos.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.