Quando estendo os pelegos
Querendo dar um cochilo
Pensando em sestear tranqüilo
Só pra aliviar a ressaca
Parece que o bicharedo
Tem gosto em fazer alarde
Até um terneiro do tarde
Se extravia da vaca
Um pica-pau entonado
Chega a remanchar o bico
Contra o palanque de angico
Junto à cancela da frente
Uma gansa impertinente
Se esgoela chamando o macho
E nunca falta um leitão guacho
Pra fuçar nos pés da gente
(Nessas tardes de verão
Em plena segunda-feira
Não tem proposta que sirva
Pra curar essa lombeira)
Um marimbondo traz barro
Para o seu rancho comprido
E se atraca num zunido
Que é o seu canto de trabalho
A garnizé alarmenta
Faz propaganda do ovo
E um lote de cusco novo
Faniça embaixo do assoalho
A porta da estrebaria
Parece que se espreguiça
Ao ranger das dobradiças
Num vai e vem insistente
E no esteio a mamangaba
Quase derrete a verruma
E a varejeira se apruma
No ouvido do penitente
(Nessas tardes de verão
Em plena segunda-feira
Não tem proposta que sirva
Pra curar essa lombeira)
dormir depois do alm
Pássaro de peito amarelo que faz ninho em nichos em pau furado com seu bico; também, é a alcunha dada aos imperialistas moderados, que usavam o lenço amarelo parecendo-se com tal pássaro, devido ao peito amarelado pelo lenço.
Esteio grosso e forte, onde se amarram animais.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).