Letra: Mauro Moraes
Deito o corpo na presilha
Firmo o laço, meto um tombo
Sou do lombo do cavalo
E o pealo é minha poesia
No caminho em que me encontro
O tema não tem reclame
Fronteira não tem arame
Na estância do meu silêncio
Nesta vida descuidado o verso enverdece as macegas
O berro empurra o fiador e o resto enseba as canelas
Disparando da ousadia que invade meus argumentos
Donde a trova se repete reclamo conhecimento
E nunca durmo nas palha com as garra sentando o pelo
De uma dor mal costeada nas cordas do meu violão
E não tem de vamo' ver
Depois que pego a escrever
Ovelha não é pra mato
E mágoa é pra esquecer
Se de pronto canto flor
Impaciento as posturas
Falta invido aos calaveras
E carancho não se mistura
Donde o campo encontra as casa
A palavra é meu batismo
Um galpão sem livro
É um corpo sem alma
Ato de arremessar o laço (ou sovéu) e por meio dele prender as patas do animal que está correndo e derrubá-lo. Existem muitos tipos de PEALO, entre os quais:
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Espécie de desafio repentista, cantado e acompanhado musicalmente.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.