Me cansei de patacoadas
E fandango sem rodeios
Já ri de falsos campeiros
Que montão potro com freio
Chega de brutalidades
De rasgar cavalo ao meio
Porque cavalo e gaúcho
Desta pátria são esteio
Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capim
Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Porque quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim
Nunca se monta num potro
Sem antes amanuncia-lo
Parceiro a gente conquista
Não prende a força de piago
Tem que respeitar o amigo
Que nos serve de regalo
até nossa independeria
Foi feita sobre o cavalo
Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capim
Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Porque quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim
Um gaúcho sem cavalo
É um arreio sem estribo
É igual a um pajé solito
Sentindo a falta da tribo
É mutante sem destino
Que não acha lenitivo
É um ser sem ideal
Que não honra o chão nativo
Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capim
Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Porque quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim
Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capim
Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Porque quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.