Na eleição que passou eu me meti a candidato
Pensei que o tal de voto se conquistava no ato
Fiz campanha que nem louco
Gastei 10 pares de sapato
Paguei churrasco e cerveja
Sempre bancando o pato
Dei mil tapinhas nas costas
Na urna eu tive a resposta
Nessa eu entrei de gaiato...
Eu era um grande radialista
Que tinha um grande conceito
Mais popular na cidade
Cheio de amigos do peito
Me tiraram o microfone
Três meses antes do pleito
Minha popularidade
Já foi perdendo o efeito
Uma eleição simulada
Me colocou na parada
E eu pensei que estava eleito...
Quando alguém me perguntava
Por que se candidatar
A todos eu decorei
Uma resposta pra dar
É que eu fui criado guácho
Sem teta para mamar
Quero ocupar uma cadeira
Que pago para sentar
Deve ser bom o ordenado
Pois os que estão sentado
Não quero desocupar...
Faltava uma semana pra campanha terminar
As pesquisas indicavam eu em primeiro lugar
Feliz com o resultado, comecei comemorar
Era festa dia e noite, não deixei ninguém pagar
Vou ser candidato novo, tava contando com o ovo
Sem a galinha ponhar...
No dia da apuração, quase virei uma fera
Meu voto foi rasurado e o juiz não considera
A notícia da derrota, nenhum candidato espera
No resultado final, veio de casa em Itaquera
Não tinha um voto sequer, nem mesmo a minha mulher
Deu voto a este quera...
Comida preferida do gaúcho.
Lugar em que se nasce, de origem
O osso do jogo-do-osso.