Não precisa ser gauderio, nem tão pouco falar tchê
Não precisa dançar chula, nem dançar em CTG
Não precisa ser cavalo, nem campeiro ou ser peão
Não precisa andar pilchado em nome da tradição
Só precisa ter consciência
Pois quem nasce na querência é gaúcho, meu irmão.
Em qualquer lugar que ande, rio grande dentro do peito
Tanto a pé como a cavalo, gaúcho do mesmo jeito.
Não precisa tomar mate, nem beber canha na guampa
Não precisa ser laçador não importa sua estampa
Não precisa de adaga, nem garrucha, nem facão
Não precisa quebrar a costela, basta um aperto de mão
Só precisa ter consciência
Pra defender a querência de alma e de coração.
Quem nasce no rio grande pode até se dar o luxo
De viver com muito orgulho em ter nascido gaúcho
Não importa ser serrano, fronteirista ou missioneiro
Cada querência é um pedaço deste pago hospitaleiro
Só precisa ter consciência
Pois quem nasce na querência é um gaúcho brasileiro.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Lugar em que se nasce, de origem